meu pensamento

 

Acordei, certa manhã, impregnado da sensação de que a saga humana tem um andar de cima. E um andar de baixo. Qualquer pessoa que se sinta à vontade neste mundo, tal como se apresenta agora, não o percebeu adequadamente. Quem convive passivamente com as causas aparente­mente aleatórias que distinguem felizes de infelizes, no mínimo ainda não teve coragem de levantar a cortina para ver o que se passa do outro lado do mundo visível.

O mundo de contrastes remete–nos inevitavelmente à percepção de que a experiência existencial humana explica–se melhor pela metafísica. Quanto a mim, o piso térreo nunca me atraiu. As manchetes dos jornais jamais me satisfizeram, no sentido de explicar por que exatamente aque­les 117 passageiros morreram no acidente de avião ou por que justamente aquela mulher ficou viúva tão cedo. Por que alguém se torna bom samaritano e outro, monstro urbano? Por que Pastores brigam por dinheiro e poder, A sociologia, a psicologia, a antro­pologia e tantas outras logias jamais explicaram por que foi justamente o fulano, e não eu, quem nasceu na favela, tornou–se ajudante de traficante e morreu assassinado aos 17 anos numa briga de bar.

Sempre desconfiei que, por trás da trama humana no mundo visível, há fatores determinantes no mundo invisível. Já não me recordo quando foi que adquiri a convicção de que os fatores determinantes das biografias estão no mundo espiritual, não no plano histórico. Por essas razões, a trivialidade da vivência dos mortais sempre me entediou. "Crescer e mul­tiplicar" não resume satisfatoriamente a razão pela qual existo. Conside­ro blasfemo aquele que chama de vida apenas a sucessão de atividades inerentes à sobrevivência: comer, beber, dormir, procriar, trabalhar e ter prazer eventual.

Jamais passei um dia sem buscar discernir e estabelecer contato com as forças e personalidades que interagem e que se digladiam nos planos invisíveis, determinando a trama histórica que a maioria ingénua pensa comandar. No meu mundo cabem (e são imprescindíveis para que esse mundo faça sentido) Deus, o diabo, anjos e demónios. E os humanos. Todos os humanos. Sou obcecado por acessar esses lugares outros, essa dimensão espiritual, para transitar entre o espírito e o Espírito, de modo a poder cooperar com a causa em vez de navegar ao sabor dos efeitos.

Por conta disso, minhas noites adultas sempre foram maldormidas, passadas entre os cantos lúgubres dos labirintos da reflexão e as ilumina­das trilhas da oração, nas pistas deixadas pelos escritos sagrados. Passo madrugadas em claro. Fico deprimido durante dias após notícias catastró­ficas. Leio as Escrituras Sagradas com avidez para discernir a opinião de Deus sobre meu mundo, de dentro e de fora. Suplico socorro aos céus e busco luz para o entendimento na expectativa de ter o que dizer para as pessoas que amo. Peço a Deus que mostre sua cara para mim e através de mim. Já não me basta crer e esperar. Anseio ver e interferir.

 

 

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